Lula defende Moraes e ataca liberdade de expressão de conservadores, enquanto tenta blindar Supremo de críticas internacionais


Em mais um episódio de confronto entre o governo brasileiro e a liberdade de expressão de parlamentares conservadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “inadmissível” a possibilidade de sanções por parte dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A crítica veio após o governo americano indicar preocupação com denúncias de censura e perseguição política no Brasil.
Durante coletiva no Palácio do Planalto, Lula tentou deslegitimar qualquer tipo de análise internacional sobre o funcionamento da Justiça brasileira. “É inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpites sobre a decisão da Suprema Corte de um outro país”, declarou, ignorando que o próprio governo petista constantemente interfere em assuntos internos de outras nações, como Israel.
As tensões com os EUA aumentaram após o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) denunciar, em visitas a autoridades norte-americanas, a perseguição institucional promovida pelo STF contra opositores do governo. Em resposta, Lula atacou o parlamentar e, em tom agressivo, afirmou que Eduardo estaria “lambendo as botas de Trump”, numa tentativa desesperada de descredibilizar quem expõe os abusos cometidos em nome da “democracia”.
Censura e perseguição política
O governo americano, que estuda restrições de entrada para autoridades envolvidas em violações de liberdade de expressão, está atento ao avanço do autoritarismo judicial no Brasil, liderado por Moraes. Mesmo sem citar nomes, está claro que as medidas seriam uma reação direta às ordens do ministro que bloqueiam redes sociais, censuram parlamentares eleitos e perseguem apoiadores de Jair Bolsonaro.
Em mais uma ofensiva contra opositores, Moraes abriu inquérito para investigar Eduardo Bolsonaro por suposta “coação” e “obstrução”, simplesmente por dialogar com governos estrangeiros — algo que o PT sempre fez com aliados ideológicos, sem nunca sofrer represálias.
Lula volta a atacar Israel e relativiza terrorismo
Durante a mesma coletiva, Lula voltou a fazer declarações polêmicas sobre o conflito no Oriente Médio, acusando Israel de “genocídio” e pedindo que o país “pare com o vitimismo”. A fala causou nova onda de indignação entre judeus e defensores da liberdade religiosa, especialmente após minimizar os ataques do grupo terrorista Hamas e ignorar os sequestros, estupros e mortes de civis israelenses.
“É exatamente por conta do que o povo judeu sofreu na sua história que o governo de Israel deveria ter bom senso”, declarou, numa inversão histórica que ignora o direito de autodefesa de um país democraticamente constituído.
Turnê internacional em meio ao caos interno
Apesar das polêmicas e da crise de imagem internacional, Lula embarcou nesta terça-feira (3) para uma nova turnê internacional pela Europa, que inclui passagem pela França. O presidente será agraciado com prêmios simbólicos e homenagens em universidades e instituições culturais, num roteiro mais voltado à autopromoção do que à resolução de problemas concretos.
Enquanto isso, o Brasil enfrenta desemprego crescente, inflação persistente e instabilidade jurídica, agravada por um Judiciário cada vez mais politizado e um Executivo mais interessado em bajulações internacionais do que em governar de fato.
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