STF mantém exposição de Braga Netto e outros militares em interrogatórios transmitidos ao vivo


Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou na tarde desta sexta-feira (7) o pedido da defesa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, para que os interrogatórios dos réus da chamada “trama golpista” não fossem transmitidos ao vivo pela TV Justiça.
Ignorando o apelo por garantias fundamentais, Moraes manteve a decisão de transmitir os depoimentos em rede nacional, a partir desta segunda-feira (9), às 14h, expondo réus e fragilizando o direito de ampla defesa. A defesa do general alertou para a “superexposição indevida” e apontou que a medida fere os direitos constitucionais dos acusados. Ainda assim, Moraes considerou que não houve comprovação de “prejuízo efetivo”.
Braga Netto, que será ouvido por videoconferência, integra a lista de oito investigados no chamado “Núcleo 1” da narrativa construída em torno de um suposto plano para contestar o resultado das eleições de 2022 — tese que a militância progressista e setores do Judiciário tentam consolidar como golpe.
Preso desde dezembro, o general é acusado de obstruir investigações e buscar informações sobre delações premiadas, como a do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Especialistas em direito penal apontam que o processo conduzido por Moraes ignora princípios básicos do devido processo legal e impõe condenações antecipadas pela via midiática.
Até sexta-feira (13), Alexandre de Moraes pretende interrogar, entre outros, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro — alvo central de um processo que, segundo críticos, tem motivação política e tenta criminalizar a oposição conservadora.
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