Bolsonaro reage e pede anulação de delação de Mauro Cid após nova ofensiva da mídia e pressão do STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a denunciar o que chama de “perseguição política disfarçada de processo judicial” nesta sexta-feira (13), ao pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O pedido veio após a revista Veja publicar supostas mensagens atribuídas ao ex-ajudante de ordens, com o objetivo de fragilizar seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a publicação, Cid teria violado uma das inúmeras e controversas imposições do ministro Alexandre de Moraes — notoriamente crítico do bolsonarismo — ao manter conversas com aliados durante o período em que esteve sob medidas cautelares. As mensagens teriam sido enviadas por meio de uma conta com nome fictício, “Gabriela R”.

As capturas de tela, no entanto, não apresentam dados básicos como horário, data ou qualquer comprovação técnica confiável. Mesmo assim, foram usadas pela revista para sustentar a narrativa de que o militar omitiu informações em seu acordo de colaboração premiada.

Nas redes sociais, Bolsonaro repudiou a tentativa de criminalizar seus aliados e apontou que a nova ofensiva confirma aquilo que seus apoiadores têm dito desde o início: “a tal ‘trama golpista’ não passa de uma farsa jurídica montada com base em versões distorcidas e sem provas reais.”

“A delação deve ser anulada. Braga Netto e os demais devem ser libertos imediatamente. E esse processo político, travestido de ação penal, precisa ser interrompido antes que cause danos irreversíveis ao Estado de Direito em nosso país”, escreveu o ex-presidente em sua conta no X.

Para ele, o caso reforça a existência de uma “caça às bruxas” movida por vingança política. “Estamos diante de uma tentativa clara de excluir da vida pública qualquer figura que represente os valores conservadores e patrióticos do Brasil”, disse Bolsonaro.

Defesa de Cid rebate narrativa da grande mídia

Em resposta à publicação da Veja, os advogados de Mauro Cid desmentiram a autenticidade das mensagens e afirmaram que elas “não condizem com a forma de escrita do cliente”. A defesa também destacou que as imagens apresentadas são frágeis, sem data, horário ou elementos que garantam sua veracidade. Para os juristas, trata-se de uma possível montagem com fins políticos.

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