Lula viaja ao Canadá para reunião do G7 e deve reforçar discurso ideológico na agenda ambiental


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou na manhã desta segunda-feira (16) para o Canadá, onde participa como convidado da 51ª Cúpula do G7, grupo que reúne as sete maiores economias ocidentais. O evento acontece na cidade de Kananaskis, província de Alberta.
Lula, que já tem usado viagens internacionais para reforçar sua narrativa ideológica em fóruns multilaterais, irá representar o Brasil na chamada “sessão ampliada”, que reúne países convidados sem direito à tomada de decisões centrais no encontro. Ele foi convidado pelo primeiro-ministro canadense, Mark Carney, um conhecido defensor de pautas climáticas e ex-presidente do Banco da Inglaterra.
Segundo o Itamaraty, os temas principais giram em torno de segurança energética, inovação e infraestrutura. No entanto, o governo Lula já sinalizou que pretende antecipar debates relacionados à COP-30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que ocorrerá em Belém (PA), sob seu comando.
Para diplomatas ligados ao governo, como o embaixador Mauricio Lyrio, o encontro será “uma oportunidade” para Lula promover o evento ambiental global e pressionar por compromissos internacionais em torno da chamada “transição ecológica”. O Brasil, no entanto, comparece sem apresentar avanços concretos em infraestrutura ou segurança jurídica que atraiam investimentos reais do setor privado — especialmente no setor de energia e mineração.
O presidente também deve se reunir com o anfitrião Mark Carney, no que está sendo tratado como uma bilateral simbólica. O grupo principal do G7 é composto por Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá. Além do Brasil, participam da sessão ampliada países como Índia, México, África do Sul e Emirados Árabes.
Apesar da tentativa do governo de se projetar como liderança global, críticos apontam que Lula tem usado a política externa como palanque para discursos ideológicos, enquanto temas urgentes do Brasil — como a economia interna, o desemprego e a violência — seguem à margem da prioridade presidencial.
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