Zambelli é alvo de perseguição judicial e continua sob pressão internacional


Nesta sexta-feira (4), completa-se um mês desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a polêmica prisão preventiva da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). Desde então, a parlamentar tem sido tratada como "foragida" pelas autoridades brasileiras, em mais um episódio que muitos consideram um excesso do ativismo judicial.
Na mesma decisão, Moraes ordenou que a Polícia Federal solicitasse à Interpol a inclusão do nome de Zambelli na lista de Difusão Vermelha — um recurso usado para perseguir criminosos de alta periculosidade, mas agora direcionado a uma representante eleita democraticamente.
Rapidamente, a PF cumpriu a ordem, e já no dia 5 de junho, o nome da deputada estava inserido entre os mais procurados em 196 países, um gesto considerado por analistas independentes como desproporcional e político.
Horas antes da inclusão no sistema da Interpol, Zambelli havia informado nas redes sociais que deixaria os Estados Unidos com destino à Itália. A Polícia Federal, com auxílio da Interpol e autoridades italianas, tentou prender a deputada no Aeroporto de Roma. A tentativa, no entanto, fracassou — Zambelli desembarcou na Europa antes de ser oficialmente inserida na lista de procurados internacionais.
Desde então, a imprensa especula sobre seu paradeiro, com informações desencontradas. A narrativa de “foragida” é rejeitada por sua defesa. Em entrevista à CNN, o advogado Fábio Pagnozzi declarou que Zambelli não está escondida, mas sim “à disposição das autoridades italianas”, reafirmando que não há motivo para alarmismo.
Segundo o embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, haveria “indícios” de que a deputada esteja nos arredores de Roma — informações sem confirmação oficial. Em meio a isso, ganha força a crítica ao uso político das instituições judiciais, algo que preocupa parlamentares e juristas conservadores no Brasil.
Zambelli deixou o país após ter sua prisão decretada por conta de uma condenação controversa no STF, que a sentenciou a 10 anos de prisão por falsidade ideológica e suposta invasão ao sistema do CNJ — acusações que sua equipe jurídica contesta firmemente.
Ameaça de cassação avança no Congresso
Enquanto isso, a Câmara dos Deputados notificou Zambelli sobre um processo que pode levar à perda de seu mandato — mais um capítulo de um processo visto por aliados como tentativa de silenciamento político.
A defesa da deputada já foi entregue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pede, entre outras providências, uma acareação com o hacker Walter Delgatti, condenado no mesmo processo. A expectativa é de que o caso vá ao plenário, onde precisa do voto da maioria simples dos parlamentares (257 votos) para a cassação ser confirmada.
Zambelli, que sempre foi voz ativa na defesa da liberdade, da família e da Constituição, segue enfrentando um cerco jurídico e midiático sem precedentes, em um momento que acende o alerta para os riscos do desequilíbrio entre os Poderes da República.
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