PF pede prorrogação de investigação contra Eduardo Bolsonaro em inquérito conduzido pelo ministro Moraes


A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação do prazo para concluir as investigações contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar é alvo de apurações por suposta atuação contra o Estado brasileiro, realizadas nos Estados Unidos, onde atualmente reside.
O pedido foi encaminhado ao STF na última quinta-feira (3), porém não especifica a duração da extensão das investigações, ficando a decisão a cargo do ministro Moraes. De acordo com os procedimentos habituais, a PF dispõe de 60 dias para concluir inquéritos, com possibilidade de prorrogação sem limite fixo.
A abertura da investigação foi determinada por Moraes em maio, após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a PGR, representada pelo procurador-geral Paulo Gonet, Eduardo Bolsonaro tem adotado um “tom intimidatório” que, na visão da acusação, poderia interferir no andamento do processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também alvo de investigação por suposta tentativa de golpe de Estado.
Na peça enviada ao Supremo, Gonet alega que o deputado estaria buscando sanções internacionais contra membros do Poder Judiciário para obstruir o curso legal dos processos em andamento.
O ministro Moraes determinou que Eduardo será investigado pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito — acusações que, se comprovadas, podem resultar em penas que vão de um a oito anos de prisão.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que afirma custear a estadia do filho nos Estados Unidos, foi incluído na investigação e deve ser interrogado. Em declarações públicas, Bolsonaro revelou que mais de R$ 2 milhões foram transferidos a Eduardo por meio de doações feitas via Pix por apoiadores.
Este caso reflete o clima de polarização e tensões políticas que marcam o país, com integrantes do campo conservador denunciando excessos e uso político do sistema judicial contra lideranças alinhadas ao bolsonarismo.
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