Lula defende controle estatal da inteligência artificial e diz que Brics "incomoda" o Ocidente

Durante o encerramento da Cúpula do Brics, nesta segunda-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a adotar um discurso alinhado aos interesses de regimes autoritários e de blocos que desafiam abertamente o Ocidente. Segundo Lula, o Brics "está incomodando" por propor mudanças na ordem global e por sugerir uma atuação mais incisiva dos Estados na regulação de tecnologias como a inteligência artificial.

A declaração veio após o ex-presidente americano Donald Trump alertar que, se reeleito, poderá impor tarifas de 10% a países que se alinhem a blocos com agendas hostis aos Estados Unidos e aos princípios democráticos. Trump classificou as políticas do Brics como “antiamericanas” e incompatíveis com os interesses da liberdade econômica e da segurança global.

Durante seu discurso, Lula criticou o que chamou de “dominação” por parte de empresas privadas no campo da inteligência artificial e defendeu que os Estados assumam o controle da tecnologia — o que, para analistas conservadores, pode abrir caminho para censura, vigilância e manipulação de dados por governos autoritários.

“É preciso que a gente no Brics crie um sistema de discussão em que todos possam ter acesso à inteligência artificial. Ela não pode ser uma coisa de dominação, de meia dúzia de empresas que vão controlar os dados no mundo. Os Estados é que devem garantir que não a usem para contar mentiras e inverdades. Eu acho que por conta disso o Brics está incomodando”, afirmou Lula.

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