Schumacher se comunica com os olhos e ouve sons de corrida para estímulo cerebral

Mais de uma década após o grave acidente de esqui que o deixou em estado crítico, o ex-piloto Michael Schumacher, 56, permanece longe dos holofotes, mas vive cercado de cuidados intensivos e de estímulos que buscam resgatar conexões com sua trajetória nas pistas.

Reportagens publicadas neste fim de semana por veículos da imprensa argentina, como La Gaceta e La 100 Radios, trouxeram à tona novos detalhes sobre o cotidiano do heptacampeão mundial de Fórmula 1.

Entre as revelações, está o fato de que Schumacher se comunica com os familiares por meio dos olhos — uma das poucas funções que ele ainda consegue controlar com relativa autonomia. Segundo o jornalista alemão Felix Gorner, o ex-piloto não é capaz de se expressar verbalmente e apresenta graves limitações motoras.

Outro ponto revelado é o uso de sons de corridas para estimular seu cérebro. Em um dos métodos empregados, Schumacher foi colocado dentro de um carro da Mercedes enquanto sons de uma disputa real de Fórmula 1 eram reproduzidos ao seu redor. O objetivo seria despertar reações neurológicas a partir de memórias afetivas ligadas ao automobilismo, área em que o alemão fez história.

Essas estratégias integram a rotina de reabilitação silenciosa vivida pelo ex-piloto desde 2013, quando sofreu uma lesão cerebral traumática durante férias em família nos Alpes franceses. Desde então, a família optou por total discrição sobre o estado clínico de Schumacher. Sua esposa, Corinna, revelou em documentário que ele é hoje “diferente, mas está aqui”, e visitas a ele são raríssimas e cuidadosamente controladas.

A imprensa alemã aponta que Schumacher recebe atenção médica 24 horas por dia, com uma equipe de até 15 pessoas. O foco é garantir conforto e preservar sua dignidade longe da exposição midiática.

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