Lula minimiza alerta de Trump e defende bloco com ditaduras sem debate sério sobre soberania

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou total desdém diante da declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que alertou para a possibilidade de impor uma tarifa de 10% a países que se alinharem ao Brics — grupo que, além do Brasil, reúne China, Rússia, Irã e outras potências com histórico autoritário.

Durante a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, que reuniu 11 países-membros e mais 10 nações parceiras nesta segunda-feira (7), Lula disse que o tema não foi sequer discutido. Segundo ele, a ameaça de Trump “não teve importância”.

“Na reunião do Brics ninguém tocou nesse assunto, ou seja, como se não tivesse ninguém falado. Não demos nenhuma importância a isso”, declarou o petista, em tom de desprezo.

A declaração de Trump foi feita em sua rede social e se referia a uma possível reação econômica dos EUA contra países que fortaleçam alianças com regimes como o de Vladimir Putin e Xi Jinping. Para Lula, no entanto, a fala do norte-americano foi “irresponsável”.

“Eu nem acho que eu deveria comentar, porque eu não acho uma coisa muito responsável e séria o presidente da República de um país do tamanho dos Estados Unidos ficar ameaçando o mundo através da internet”, afirmou o presidente brasileiro — que, ironicamente, elogia ditadores e participa ativamente de blocos que excluem democracias.

Soberania seletiva

Lula defendeu a “soberania” dos países do Brics e fez críticas indiretas ao papel dos EUA no cenário internacional.

“Existe a lei da reciprocidade. Respeito é muito bom. A gente gosta de dar e gosta de receber. E é preciso que as pessoas leiam o significado da palavra soberania. Cada país é dono do seu nariz”, disse Lula, ignorando o fato de que países como Rússia e China são acusados de reprimir seu próprio povo e vizinhos.

Ataque gratuito à opinião de Trump sobre Bolsonaro

Em outro momento, Lula rebateu comentários de Trump sobre Jair Bolsonaro. O presidente norte-americano afirmou recentemente que Bolsonaro estaria sendo alvo de uma “caça às bruxas” no Brasil e deveria ser deixado em paz — uma opinião que reflete o sentimento de milhões de brasileiros perseguidos judicialmente por motivos políticos.

A resposta de Lula veio em tom autoritário:

“Esse país tem leis. Esse país tem regra. Esse país tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, deem palpite na sua vida e não na nossa”, disse o líder do Executivo, esquecendo que sua própria eleição foi viabilizada após condenações anuladas por tecnicalidades jurídicas.

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