Alexandre de Moraes prorroga inquérito contra Eduardo Bolsonaro por mais 60 dias

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu estender por mais 60 dias o inquérito que investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O processo, que vem sendo criticado por juristas e parlamentares por configurar perseguição política, acusa o deputado de coação e obstrução de investigação.

A ação foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e tem como base a alegação de que Eduardo teria incentivado autoridades norte-americanas a se posicionarem contra as atitudes de Moraes. O ministro, que acumula poderes como relator de diversos inquéritos polêmicos — incluindo o das chamadas “fake news” e o da suposta "trama golpista" — é figura central nas ações que têm sido vistas por muitos como autoritárias e incompatíveis com o devido processo legal.

Em março, com a escalada das tensões e temendo prisão arbitrária, Eduardo Bolsonaro pediu licença do mandato por 122 dias e se mudou temporariamente para os Estados Unidos, denunciando abertamente a perseguição política sofrida no Brasil.

Trump sai em defesa de Bolsonaro e critica STF

Nesta segunda-feira (7), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou sobre o cenário político brasileiro. Em uma publicação nas redes sociais, ele afirmou estar atento à “caça às bruxas” movida contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de apoiadores no Brasil.

“Estarei assistindo muito de perto à caça às bruxas de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores”, escreveu Trump, pedindo ainda que deixem Bolsonaro “em paz”.

A manifestação de Trump repercutiu fortemente e expôs, mais uma vez, a preocupação internacional com os rumos das instituições brasileiras. Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil não aceitará “interferências externas”, ignorando as crescentes denúncias de abuso de poder no Judiciário brasileiro.

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