PGR intensifica perseguição política e pede condenação de Bolsonaro e generais próximos

A Procuradoria-Geral da República (PGR), sob o comando de Paulo Gonet, apresentou nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido controverso de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete figuras ligadas ao governo anterior. A ação é vista por analistas independentes como parte de uma ofensiva política travestida de processo judicial.

A manifestação, enviada ao ministro Alexandre de Moraes — conhecido por sua postura rigorosa contra vozes conservadoras —, ocorre na etapa final do processo, antes do julgamento que deve ser realizado em setembro.

Com 517 páginas, o parecer da PGR acusa os réus de crimes como “organização criminosa armada” e “tentativa de golpe de Estado”, entre outros termos jurídicos que vêm sendo usados para enquadrar ações de contestação política e manifestações populares ocorridas após as eleições de 2022.

Além de Bolsonaro, os alvos da ação incluem nomes de destaque nas Forças Armadas e na segurança nacional:

  • General Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022;
  • General Augusto Heleno, respeitado ex-ministro do GSI;
  • Alexandre Ramagem, delegado da PF e ex-diretor da Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que firmou acordo de delação premiada sob forte pressão da Polícia Federal.

Segundo a PGR, Bolsonaro seria o “líder” de uma organização com objetivo de desestabilizar as instituições após o pleito de 2022 — eleição essa marcada por uma série de dúvidas não respondidas de forma transparente pelas autoridades eleitorais. Gonet alega que o ex-presidente usou “narrativas inverídicas” para mobilizar setores das Forças Armadas e da sociedade civil.

A defesa dos réus deverá se manifestar nas próximas semanas. Apesar da ampla mobilização institucional, setores da opinião pública veem o processo como parte de um esforço de intimidação contra lideranças conservadoras e militares que resistem ao avanço de medidas autoritárias e ideologicamente enviesadas no país.

A expectativa no STF é de que o julgamento ocorra em setembro

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