Governo Lula cria comitê para lidar com tarifaço de Trump e busca "conversar" em vez de defender o setor produtivo


Em mais um sinal de improviso e falta de firmeza na política externa, o governo Lula anunciou a criação de um comitê interministerial para tentar “negociar” a reversão das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Coordenado por Geraldo Alckmin, o grupo envolve quatro ministérios (Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Casa Civil; Relações Exteriores; Fazenda) e pretende se reunir nesta terça-feira (15) com empresários da indústria e do agronegócio em Brasília.
Na agenda, muita conversa — mas nenhuma estratégia clara. Pela manhã, o governo ouvirá setores industriais como aço, alumínio, celulose e aviação. À tarde, será a vez do agronegócio, incluindo exportadores de carnes, suco de laranja e pescado.
Segundo Alckmin, a ideia é “mobilizar” empresas brasileiras para pressionar seus parceiros americanos — admitindo, na prática, que o governo brasileiro não tem peso ou plano concreto para reverter o tarifaço.
O vice-presidente também revelou que já havia enviado uma proposta “em caráter confidencial” aos EUA ainda em maio — sem obter resposta até hoje. Apesar do impacto econômico, ele negou que o governo tenha pedido formalmente redução ou prorrogação das tarifas neste momento.
Para setores produtivos, a postura passiva preocupa. Enquanto os EUA defendem seus interesses com tarifas pesadas, o governo brasileiro organiza reuniões para “escutar” empresários, delegando ao setor privado o trabalho de articular com Washington.
O risco é claro: sem reação firme, os produtores nacionais pagarão a conta da inação federal — com menos competitividade, exportações prejudicadas e empregos em jogo.
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