CNI admite: EUA também sentirão impacto de tarifas protecionistas — Brasil precisa diversificar e defender seus interesses

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quarta-feira (16), reconhece que os Estados Unidos — sob o comando firme do presidente Donald Trump — serão o país mais afetado economicamente pelas tarifas impostas à importação de produtos de nações como Brasil, China e outros 14 parceiros comerciais.

A medida, tomada para proteger a indústria nacional americana e restabelecer o equilíbrio no comércio global, pode causar uma redução de 0,37% no PIB dos EUA, segundo projeções baseadas em dados do IBGE, do Ministério do Desenvolvimento e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Apesar das reações do setor industrial brasileiro, que teme uma queda de 0,16% no PIB nacional, além de perdas em exportações e empregos, o movimento americano reflete uma tentativa legítima de reindustrializar o país, proteger empregos locais e enfrentar décadas de desequilíbrios gerados por acordos comerciais desvantajosos — muitos deles sustentados por burocratas globalistas e interesses supranacionais.

Brasil precisa repensar dependência externa

De acordo com os dados da própria CNI, os Estados Unidos são o destino de 12% das exportações brasileiras e a origem de 16% das importações. Mais de 78% das vendas externas da indústria de transformação vão para lá. Ou seja: o Brasil se colocou em uma posição de fragilidade ao depender excessivamente de um único parceiro comercial.

O resultado dessa dependência é evidente: o impacto das tarifas se faz sentir especialmente em setores estratégicos como o de máquinas agrícolas, aeronaves e proteína animal — áreas em que o Brasil é competitivo, mas que enfrentam hoje entraves comerciais que deveriam ser tratados com firmeza pelo governo federal.

Protecionismo responsável x globalismo prejudicial

A reação da CNI, que tratou as tarifas como uma política "perde-perde", ignora um ponto essencial: o atual governo americano está colocando os interesses de seu povo em primeiro lugar. O protecionismo, nesse contexto, não é sinônimo de isolamento, mas de soberania econômica e defesa da produção interna.

Cabe ao Brasil aprender com o exemplo. Em vez de lamentar as decisões de outras nações, é hora de fortalecer nossa base industrial, diversificar mercados, rever acordos comerciais e investir na produção local com menos burocracia, impostos e dependência estatal.

Hora de agir com pragmatismo

Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais sentirão os efeitos das tarifas, mas também têm a capacidade de reagir — desde que o ambiente de negócios seja favorável ao empreendedor, ao produtor e ao investidor. O que o Brasil precisa é de um governo que enfrente os desafios com seriedade, que combata o ativismo econômico de organismos internacionais e que aja com pragmatismo, sem submissão ideológica.

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