Moraes mantém prisão política de general que foi vice de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (16) manter, sem julgamento justo e com base em argumentos frágeis, a prisão do general da reserva Walter Braga Netto — ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

Braga Netto está detido desde dezembro de 2024, acusado de suposta tentativa de obstrução das investigações sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. No entanto, a defesa sustenta que não há elementos concretos que justifiquem sua prisão preventiva e alerta para o viés político que cerca o processo.

Apesar do andamento avançado da ação penal — que se aproxima da fase final — e da ausência de novos fatos que embasem a continuidade da prisão, Moraes optou por manter o general atrás das grades. Segundo ele, a prisão seria necessária para "assegurar a ordem pública", alegação cada vez mais comum contra opositores do atual governo.

“Trata-se de uma prisão com motivações políticas claras, que ignora o princípio da presunção de inocência e expõe o uso do Judiciário como ferramenta de intimidação contra figuras ligadas ao conservadorismo e ao governo anterior”, afirmam fontes ligadas à defesa.

Durante a investigação, a Polícia Federal afirma que Braga Netto teria buscado informações relacionadas à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa, porém, nega qualquer irregularidade e denuncia a perseguição jurídica contra o militar, figura de prestígio nas Forças Armadas e símbolo de resistência ao avanço da esquerda no país.

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