Trump anuncia possível mudança na fórmula da Coca-Cola nos EUA

Em meio a um cenário político turbulento, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou na última quarta-feira (17) uma notícia que pode agradar parte dos consumidores americanos: a Coca-Cola poderá alterar a sua receita no mercado dos EUA, passando a utilizar açúcar de cana na bebida.

Em publicação nas redes sociais, Trump afirmou que manteve conversas com a empresa e que a companhia concordou em adotar o açúcar de cana “real” na produção da Coca-Cola para o mercado americano. “Esta será uma ótima decisão por parte deles — vocês verão. É simplesmente melhor!”, declarou o presidente.

Embora a The Coca-Cola Company não tenha confirmado oficialmente a mudança, um porta-voz da empresa disse à CNN que agradece o entusiasmo do presidente pela marca e prometeu revelar em breve detalhes sobre novas inovações na linha de produtos.

O anúncio de Trump ocorreu em um dia marcado por instabilidade no Oriente Médio, especulações sobre mudanças no comando do Federal Reserve e críticas internas ao governo relacionadas à investigação sobre o falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein.

A ligação do presidente com a Diet Coke é conhecida publicamente. Ele mantém um “botão da Diet Coke” na Mesa Resolute do Salão Oval, para solicitar a bebida instantaneamente. No entanto, Trump já teve desentendimentos com a empresa, como em 2021, quando a Coca-Cola manifestou oposição às leis restritivas de voto no estado da Geórgia, seu local de nascimento.

Apesar disso, o presidente continuou consumindo o produto. Em janeiro deste ano, o presidente da Coca-Cola, James Quincey, presenteou Trump com uma garrafa comemorativa da Diet Coke durante a posse.

Tradicionalmente, a Coca-Cola vendida nos EUA é produzida com xarope de milho rico em frutose, enquanto a versão mexicana utiliza açúcar de cana — importante commodity para o México — e está disponível comercialmente em território americano. A mudança anunciada pode ser vista como uma vitória para críticos do xarope de milho, como Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde e Serviços Humanos do governo Trump, que tem se posicionado contra o uso do ingrediente.

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