Justiça Eleitoral torna Pablo Marçal inelegível até 2032


O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, nesta terça-feira (22), tornar inelegível até 2032 o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), conhecido por suas críticas abertas ao sistema político e ao ativismo judicial. A decisão ocorre no âmbito de um processo movido pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), legenda de esquerda ligada a figuras como Guilherme Boulos e Tábata Amaral.
Segundo o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Marçal teria cometido “condutas reprováveis” durante a campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. As acusações incluem declarações contra a censura de suas redes sociais e críticas duras ao ativismo judicial, à elite política e a adversários, incluindo Boulos e Tábata.
Entre os pontos usados para condená-lo, destacam-se:
- Denúncia de censura pela suspensão de suas redes sociais durante a campanha;
- Associação de Guilherme Boulos ao uso de drogas — algo que a esquerda tentou enquadrar como “ofensa”;
- Críticas à Justiça Eleitoral, referida por Marçal como parte de um “sistema” marcado por corrupção e mortes de inocentes;
- Questionamento sobre o uso de fundo partidário por Tábata Amaral, levantando suspeitas sobre sua origem e legalidade.
O juiz também considerou ilegal o fato de Marçal permitir que apoiadores imprimissem seus próprios materiais de campanha, alegando que isso “transferia custos ao eleitor”, mesmo sendo uma alternativa inovadora e descentralizada, usada por muitos candidatos fora do sistema tradicional.
“A gravidade da conduta praticada pelo réu Pablo Marçal” foi destacada pelo juiz, mesmo sem que o empresário sequer tivesse chegado ao segundo turno. O argumento reforça a percepção de perseguição política a vozes que desafiam o status quo e os partidos estabelecidos.
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