Indústrias da Serra planejam férias coletivas após tarifaço de Trump

CAXIAS DO SUL – A partir de 1.º de agosto, com a entrada em vigor da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, empresas da Serra Gaúcha se preparam para conter os impactos. O setor industrial já anuncia férias coletivas, enquanto entidades representativas buscam alternativas para evitar demissões.

A medida adotada pelos EUA atinge diretamente setores que têm os norte-americanos como principais clientes, como móveis, cerâmica, cimento, gesso, vidro e produtos metalúrgicos. Até julho deste ano, o mercado dos Estados Unidos foi responsável por 17% das exportações de Caxias do Sul, com um volume de mais de 60 milhões de dólares.

Diante desse cenário, algumas empresas já comunicaram férias coletivas a partir do início de agosto, como forma de ganhar tempo e reduzir custos, sem precisar interromper contratos com funcionários. Outras, com maior fôlego, pretendem manter as exportações temporariamente mesmo com a tarifa, na tentativa de preservar relações comerciais que levaram anos para serem consolidadas.

A movimentação nos bastidores também é intensa. Entidades industriais têm alertado para o risco de paralisações generalizadas e defendem que o governo federal intervenha junto às autoridades norte-americanas para tentar reverter ou adiar a medida. A esperança é de que, por meio de negociações diplomáticas, seja possível minimizar os efeitos da taxação sobre a indústria nacional.

Lideranças empresariais alertam que, além das empresas exportadoras, toda a cadeia produtiva pode ser atingida — especialmente os fornecedores menores, que dependem do ritmo das grandes indústrias. A incerteza sobre os próximos meses reforça o clima de cautela na região.

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