Justiça torna rapper Oruam réu por tentativa de homicídio

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira por tentativa de homicídio qualificada. A decisão é da juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal da Capital.

O caso aconteceu em 21 de julho, quando policiais foram até a residência do cantor, no bairro do Joá, Zona Oeste da cidade, para cumprir um mandado de busca e apreensão de um adolescente. Segundo a denúncia, os agentes foram recebidos com o arremesso de pedras de até 4,85 quilos, lançadas de uma altura de 4,5 metros.

Oruam está preso preventivamente desde o dia 22 de julho, quando se entregou à Polícia Civil. A entrega foi anunciada por ele nas redes sociais.

Além da acusação de tentativa de homicídio, o artista responde a uma segunda ação penal que trata de crimes como lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público. Nesse processo, além de Oruam e Willyam, também foram denunciados Pablo Ricardo de Paula Silva de Morais e Victor Hugo Vieira dos Santos.

As denúncias foram apresentadas por duas promotorias diferentes: a 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca, e a Promotoria junto à 27ª Vara Criminal da Capital.

Na decisão, a juíza destacou que a atuação do cantor, “em especial Oruam, repercute de modo negativo na sociedade” e que o comportamento dele “incita a população à inversão de valores”. A magistrada afirmou ainda que, por ser uma figura pública, o acusado pode influenciar jovens a acreditar que confrontar a polícia “é a atitude correta”.

“O acusado Oruam, com visibilidade em razão de suas apresentações como artista, é referência para outros jovens que podem acreditar que a postura audaciosa de atirar pedras e objetos em policiais é a mais adequada e correta, sem quaisquer consequências”, escreveu a juíza.

Com a prisão preventiva já decretada, Oruam foi encaminhado novamente ao presídio Bangu 3, onde segue à disposição da Justiça, aguardando julgamento.

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