Governo Lula promove jantar com STF em reação às sanções dos EUA contra Moraes


Em mais um gesto de alinhamento político com o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite desta quinta-feira (31), no Palácio da Alvorada, ministros da Corte para um jantar com viés claramente simbólico: demonstrar apoio ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de sanções por parte do governo dos Estados Unidos.
As medidas foram anunciadas com base na Lei Magnitsky, legislação norte-americana que pune agentes públicos acusados de violar direitos humanos. Moraes foi responsabilizado por práticas autoritárias em sua atuação no Brasil, especialmente no que diz respeito à repressão de opositores políticos e censura de vozes conservadoras.
O encontro contou com a presença dos ministros Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin e do próprio Moraes. Também participaram o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; e o advogado-geral da União, Jorge Messias — todos ligados ao atual governo ou a pautas que preocupam setores da sociedade que defendem a liberdade de expressão, o devido processo legal e o equilíbrio entre os Poderes.
Em nota oficial, Lula repudiou as sanções dos EUA, dizendo que o Brasil é um país "soberano e democrático", mesmo diante de denúncias recorrentes sobre perseguição política a parlamentares da oposição e censura a veículos e perfis conservadores.
As sanções impostas a Moraes não são as primeiras. Em 18 de julho, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou o cancelamento dos vistos do ministro, de seus familiares e de pessoas próximas, reconhecendo o clima de abusos judiciais no Brasil.
O episódio veio logo após Moraes instaurar um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, por buscar apoio internacional contra a escalada autoritária promovida por figuras do Judiciário brasileiro. Eduardo, que se encontrava temporariamente nos EUA com autorização da Câmara, denunciou perseguição política ao se licenciar do mandato, que retomou no último dia 20.
Mais do que um simples jantar, o evento no Alvorada reforça a politização do Judiciário e o conluio entre governo e Supremo, que vem preocupando juristas, parlamentares e a sociedade civil comprometida com as liberdades individuais e a verdadeira democracia.
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