Mais que uma competição: os Jogos da Amizade e a construção de valores no ambiente escolar
Projeto envolveu escolas da Rede Adventista em SC e se consolidou como referência em cidadania e integração por meio do esporte educacional.
Joinville, SC — O esporte, quando bem conduzido, é capaz de ensinar muito mais do que regras e técnicas. Ele forma cidadãos. Foi com essa convicção que o professor Leandro Knoener idealizou e liderou um dos projetos mais marcantes da Rede Adventista de Educação na região norte de Santa Catarina: os Jogos da Amizade.
Realizado com a participação de sete unidades escolares e voltado a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio, o evento nasceu com uma proposta ousada: transformar a tradicional competição escolar em um espaço de convivência, formação de vínculos e construção de valores.
Com uma programação que incluía modalidades como voleibol, futsal, corrida, handebol e natação, os Jogos da Amizade foram cuidadosamente desenhados para promover mais do que performance física. A cada prova, o foco era a empatia, o respeito, o trabalho em equipe e, acima de tudo, o desenvolvimento humano.
Liderança com propósito
À frente de todas as etapas do projeto esteve Leandro Knoener, responsável desde a concepção até a organização prática do evento. Cabia a ele não apenas conduzir a abertura dos jogos e gerenciar as inscrições, mas garantir que a essência do projeto fosse preservada: a valorização da amizade como um pilar formativo.
“A inspiração veio da necessidade de criar um ambiente onde os alunos competissem, sim, mas acima de tudo se conectassem. Queríamos que os jogos fossem uma experiência marcante de integração e crescimento pessoal”, explica Knoener, que atua há mais de 20 anos como professor de Educação Física e é reconhecido por sua habilidade em liderar projetos de impacto comunitário.
Estrutura pedagógica com foco humano
O evento era realizado em dois dias intensos, com alojamento dos alunos em regime de internato — meninas e meninos separados — o que ampliava os momentos de convivência fora das quadras e criava oportunidades para novas amizades florescerem. A programação era organizada para equilibrar competição e interação, com espaço para o diálogo, o respeito às diferenças e a valorização da coletividade.
A iniciativa, ao longo dos anos, incorporou novas modalidades e ganhou escala. Mas o que mais impressionava era o resultado fora do campo: alunos mais engajados, professores mais integrados, famílias mais próximas da escola e um ambiente educacional pautado por valores sólidos.
Reconhecimento e legado educacional
Pelo êxito do projeto e sua condução exemplar, Leandro Knoener recebeu uma carta oficial de reconhecimento da coordenação pedagógica da Rede Adventista da região. Sua atuação foi elogiada pela ética, pela organização impecável e pela capacidade de fazer da Educação Física uma plataforma de transformação social.
“Foi um projeto que marcou uma geração. Muitos alunos até hoje lembram com carinho dos Jogos da Amizade, não pelos troféus, mas pelas amizades construídas. Isso mostra que o verdadeiro legado de um educador está no que ele desperta nas pessoas”, afirma a coordenação da instituição.
Um modelo a ser seguido
Mais do que um evento esportivo, os Jogos da Amizade tornaram-se símbolo de um novo paradigma educacional — onde o desempenho caminha lado a lado com o caráter, e onde vencer significa, antes de tudo, respeitar e se conectar com o outro.
Sob a liderança de Leandro Knoener, o projeto mostrou que o esporte pode — e deve — ser ferramenta de cidadania. Um modelo replicável, inspirador e profundamente necessário em tempos que exigem da escola não apenas conteúdo, mas humanidade.