Milhares vão à Paulista em defesa da liberdade e contra abusos do STF


São Paulo (SP) – Milhares de patriotas ocuparam neste domingo (3) cerca de duas quadras da Avenida Paulista, entre a Fiesp e o Parque Trianon, em um ato pacífico em defesa da liberdade, da Constituição e da anistia aos presos políticos do 8 de janeiro. Os manifestantes também expressaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e pediram o impeachment e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, acusado por diversos juristas e parlamentares de extrapolar suas atribuições no Supremo Tribunal Federal (STF).
Com forte presença de lideranças políticas, religiosas e populares, o protesto foi organizado por movimentos de direita e contou com discursos firmes de nomes como o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que criticou a censura, o ativismo judicial e a perseguição a opositores do atual governo.
O verde e amarelo predominou, mas também houve bandeiras dos Estados Unidos e faixas em apoio ao presidente americano Donald Trump, que recentemente anunciou sanções contra o Brasil em resposta à escalada autoritária do Judiciário e à perseguição política sofrida por conservadores.
Bolsonaro e Tarcísio se ausentam por motivos de força maior
O ex-presidente Jair Bolsonaro não pôde comparecer por cumprir medidas cautelares impostas de maneira controversa pelo STF, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrição de circulação aos finais de semana. As determinações, vistas por muitos como abuso de autoridade, foram tomadas por Alexandre de Moraes, o principal alvo das críticas populares.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também não participou do ato por estar submetido a um procedimento médico já agendado.
Clamor por anistia e justiça
O principal apelo dos manifestantes foi por anistia ampla e irrestrita aos envolvidos nos protestos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em prisões em massa, muitas vezes sem julgamento justo e com denúncias de violações de direitos humanos. Para os presentes, os brasileiros que ocuparam Brasília naquele dia não merecem o rótulo de golpistas, mas sim de cidadãos revoltados com um sistema que parece blindado contra a vontade popular.
A Procuradoria-Geral da República, alinhada ao discurso do atual governo, insiste em tratar o episódio como uma "tentativa de golpe", ignorando que boa parte dos envolvidos sequer tinha antecedentes ou histórico de violência. No próximo mês, o STF julgará Bolsonaro e aliados por suposta "organização criminosa", processo amplamente questionado por especialistas em direito constitucional e por parlamentares de oposição.
Apoio internacional cresce
O evento deste domingo também evidenciou o crescente apoio internacional à causa da direita brasileira. Cartazes de apoio ao presidente Donald Trump, bandeiras americanas e menções às sanções contra autoridades brasileiras mostraram a indignação da população com a perseguição a conservadores no país.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, vem articulando diretamente com representantes do Partido Republicano nos Estados Unidos para pressionar organismos internacionais e denunciar as violações de liberdades individuais no Brasil.
A Polícia Militar não divulgou números oficiais de participantes, mas reforçou o policiamento, garantindo a segurança dos manifestantes, que se comportaram de maneira ordeira e democrática durante todo o ato.
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