Defesa de Bolsonaro pede exames hospitalares e visitas de aliados durante prisão domiciliar imposta por Moraes

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou, nesta terça-feira (12), pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele possa realizar exames médicos no hospital particular DF Star, em Brasília, no próximo sábado (16). Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, medida imposta por Moraes após suposto descumprimento de restrições anteriores.

Segundo seus advogados, a ida ao hospital é necessária para uma bateria de exames — incluindo análises de sangue e urina, endoscopia, tomografias, ecocardiograma e ultrassonografias — a fim de reavaliar problemas de refluxo e crises de soluço persistentes, agravados nos últimos meses. O pedido médico é consequência de complicações decorrentes da facada sofrida em 2018, atentado que deixou sequelas permanentes e já o obrigou a diversas cirurgias.

Na semana passada, Moraes havia autorizado atendimento médico domiciliar, quando Bolsonaro recebeu sua equipe de confiança. Agora, a defesa também solicita a autorização para que ele receba quatro aliados políticos: o senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), o vice-prefeito de São Paulo Ricardo Augusto Mello de Araújo e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).

Apesar de não haver condenação, Bolsonaro está com sua liberdade de ir e vir restrita por decisão do STF, sob a acusação da Procuradoria-Geral da República de suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente responde a cinco crimes, que somados poderiam ultrapassar 30 anos de prisão — denúncia que aliados classificam como parte de um processo de perseguição política para tirá-lo de cena.

A defesa deve apresentar, até esta quarta-feira (13), as alegações finais na ação. Depois disso, caberá à Primeira Turma do Supremo — formada por cinco ministros, incluindo Moraes — definir os próximos passos do julgamento.

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