Defesa de Bolsonaro reafirma inocência e denuncia julgamento político no STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou nesta quarta-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais no processo que trata da chamada “trama golpista”, reiterando que não há qualquer prova que o vincule a atos de ruptura institucional.

O documento, entregue ao ministro Alexandre de Moraes — relator do caso — no último dia do prazo, é a última manifestação antes do julgamento. Os advogados afirmam que Bolsonaro jamais praticou atos para promover um golpe de Estado ou reverter o resultado das eleições de 2022.

“A verdade, que a muitos não interessa, é que não há uma única prova que atrele o Peticionário ao plano ‘Punhal Verde e Amarelo’, aos chamados ‘Kids Pretos’ ou aos eventos de 8 de janeiro”, registra a defesa.

Além de Bolsonaro, outros seis ex-integrantes do governo também apresentarão suas alegações: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. O ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que optou pela delação premiada, já havia se manifestado no mês passado.

Segundo os advogados, o processo é “histórico e inusitado” — não por sua relevância jurídica, mas pela postura adotada contra os acusados:

“Os réus são tratados como golpistas, como culpados, muito antes de a defesa ser apresentada. Parte expressiva da imprensa e do próprio ambiente político não quer um julgamento, mas apenas conhecer o tamanho da pena”, afirmam.

A delação de Mauro Cid também foi duramente criticada, classificada como “manipulada” e “imprestável”, servindo apenas para proteger o delator e atacar o ex-presidente.

Com as alegações entregues, Moraes deverá liberar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin. A expectativa é que a análise ocorra em setembro.

Os réus respondem a acusações que podem ultrapassar 30 anos de prisão, entre elas “golpe de Estado” e “organização criminosa armada”. A defesa sustenta que o caso se transformou em um processo político, onde a narrativa se sobrepõe às provas — e que o resultado do julgamento será decisivo para o futuro da democracia brasileira.

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