Ramagem nega acusações e expõe fragilidade da denúncia da PGR
O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Alexandre Ramagem reafirmou nesta quarta-feira (13) que jamais determinou qualquer monitoramento ilegal contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em suas alegações finais, protocoladas no STF, Ramagem — alvo da ação penal apelidada pela grande mídia de “trama golpista” — solicitou absolvição, destacando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou qualquer prova de que ele tivesse conhecimento das supostas irregularidades.
Segundo a defesa, trata-se de tentativa de aplicar uma “responsabilidade objetiva” que não encontra respaldo na lei: “Alexandre Ramagem não pode ser responsabilizado por cada ato praticado no âmbito da Abin durante sua gestão apenas pelo fato de ser o diretor-geral do órgão”, afirmam os advogados.
O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. O prazo para a entrega das alegações finais termina hoje, às 23h59. Esta é a última oportunidade de manifestação antes do julgamento, que poderá condenar ou absolver os acusados.
Além de Bolsonaro e Ramagem, também figuram como réus nesta ação o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro do GSI Augusto Heleno e o general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e hoje delator, já apresentou suas alegações no mês passado.
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