EUA voltam a criticar Alexandre de Moraes e alertam para riscos de sanções


O governo dos Estados Unidos voltou a endurecer o tom contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em publicação oficial nas redes sociais, o Departamento de Estado classificou o magistrado como “tóxico” e alertou que empresas e cidadãos norte-americanos estão proibidos de manter qualquer transação com ele.
A declaração foi feita pelo Bureau of Western Hemisphere Affairs, que atua nas relações do governo americano com países da região. O órgão destacou que nenhuma decisão estrangeira pode anular as sanções aplicadas pelos EUA. “Nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos — ou poupar alguém das consequências graves de violá-las”, afirmou a nota, replicada pela Embaixada dos EUA no Brasil.
O texto ainda reforçou que cidadãos e empresas de fora dos Estados Unidos também devem agir com cautela, já que apoiar pessoas enquadradas como violadoras de direitos humanos pode resultar em retaliações.
Postura de Moraes
A reação de Washington veio após entrevista de Alexandre de Moraes ao jornal The Washington Post, em que o ministro disse “não haver a menor possibilidade de recuar nem mesmo um milímetro” nos processos relacionados à chamada “trama golpista”. A fala foi interpretada por setores políticos como mais um sinal de endurecimento da Justiça brasileira em casos de motivação política.
O diário americano descreveu Moraes como alguém que busca protagonismo em embates e que nunca recua diante de pressões.
Decisão de Dino
No mesmo contexto, o ministro Flávio Dino, também do STF, decidiu nesta segunda-feira (18) que leis e decisões estrangeiras não podem ter efeitos automáticos no Brasil. Para ele, a adoção de normas externas sem análise das autoridades nacionais viola a soberania do país.
O caso julgado por Dino envolveu o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que contestava ações ajuizadas diretamente na Justiça britânica contra mineradoras que atuam em território brasileiro. O ministro afirmou que qualquer tentativa de aplicar decisões estrangeiras sem homologação “constitui ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes”.
Impasse diplomático
As críticas norte-americanas a Moraes expõem um novo ponto de tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto Dino buscou resguardar a soberania brasileira contra interferências externas, o recado de Washington reforça que, para os EUA, as sanções contra o ministro permanecem firmes e com alcance internacional.
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