PF mantém ofensiva contra Bolsonaro e Eduardo em meio a denúncias de perseguição política

A Polícia Federal anunciou nesta quarta-feira (20) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A acusação se baseia em supostos crimes de “coação no curso do processo” e “tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito”, em mais um episódio que aliados do ex-presidente classificam como perseguição política.

Segundo a PF, Eduardo teria buscado apoio junto ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em ações de pressão contra o governo brasileiro e contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente Alexandre de Moraes. O parlamentar, no entanto, afirma que está sendo alvo de criminalização por manter diálogo com autoridades estrangeiras.

Nos últimos meses, o governo americano adotou medidas duras contra o Brasil — como tarifas de 50% em produtos nacionais e sanções contra Moraes, aplicadas dentro da chamada Lei Magnitsky, usada nos EUA para punir autoridades acusadas de abusos de poder. Trump e membros de seu governo denunciam que Bolsonaro e sua família enfrentam uma “caça às bruxas” no Brasil e apontam que Moraes tem usado o STF para sufocar a liberdade de expressão e atacar empresas americanas de tecnologia.

Eduardo Bolsonaro, perseguido por partidos de esquerda no Congresso, pediu licença de 122 dias do mandato e mudou-se para os Estados Unidos, alegando falta de segurança jurídica e risco à sua integridade. A Câmara, sob comando de Hugo Motta (Republicanos), chegou a encaminhar pedido de cassação apresentado pelo PT e PSOL, mostrando a articulação política para enfraquecer a direita.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, é acusado de ter apoiado financeiramente a estadia do filho no exterior. Aliados afirmam que a acusação não passa de pretexto para desgastar sua imagem antes dos julgamentos que se aproximam.

Julgamento no Supremo

Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo serão julgados no próximo dia 2 de setembro pelo STF, acusados de liderar um suposto “golpe de Estado”. O processo, conduzido por Alexandre de Moraes — que acumula funções de investigador, acusador e julgador —, é duramente criticado por juristas que apontam violações ao devido processo legal.

Além de Bolsonaro, também serão julgados nomes como os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres. Todos negam veementemente as acusações e afirmam que se trata de um processo de criminalização da oposição.

A direita brasileira e lideranças internacionais alertam que o caso de Bolsonaro pode se tornar símbolo do autoritarismo judicial no Brasil, manchando a imagem democrática do país e afastando investimentos estrangeiros.

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