STF aperta cerco contra apoiadores de Bolsonaro e mira Silas Malafaia


O Supremo Tribunal Federal, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, ordenou nesta quarta-feira (20) uma ação de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia, aliado histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Federal cumpriu a medida no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde o celular do líder religioso foi apreendido.
Além disso, Moraes proibiu Malafaia de deixar o país e determinou o cancelamento de seus passaportes, que deverão ser entregues em até 24 horas. O pastor também está impedido de se comunicar com outros investigados.
A decisão cita alegações da Procuradoria-Geral da República, segundo as quais Malafaia teria atuado como “orientador” em ações atribuídas ao ex-presidente Bolsonaro e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Conversas entre Malafaia e Bolsonaro, a partir de julho deste ano, foram incluídas como parte das justificativas apresentadas.
Moraes sustenta que há “fortes indícios de participação” do pastor em uma suposta tentativa de golpe, acusação considerada por apoiadores de Bolsonaro como uma narrativa política para criminalizar a oposição.
Com mais esta medida, Moraes reforça o controle sobre aliados do ex-presidente e expõe novamente a postura de concentração de poder do STF, levantando críticas sobre os limites da atuação da Corte e o cerceamento da liberdade de expressão e de organização política no país.
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