Incomodado com os resíduos nos rios, feirante recolhe 650kg de lixo no DF

O feirante e técnico em telefonia celular, José Valdemir Brito de Araújo, de 40 anos, resolveu sozinho fazer algo pelo planeta: ele criou um projeto e decidiu recolher lixo de córregos e rios do Distrito Federal. A ação começou em outubro de 2020 e nem mesmo a pandemia da Covid-19 impediu que Araújo saísse de casa para recuperar os cursos de água. De lá pra cá, ele já tirou mais de 650 quilos de resíduos das margens do córrego do Bananal.

O projeto foi batizado de Mayim, que significa água em hebraico, e capta os resíduos flutuantes ou que estão à beira do rio.

O feirante conta como surgiu a ideia de limpar os córregos.

- Era uma quantidade considerável. Absurda. Nesse momento, decidi que iria voltar com sacos de lixo para realizar uma limpeza e dar uma amenizada no aspecto visual do local - conta.

Decidido a fazer mais pelas outras fontes de água, Araújo disse que o curso de água limpo não deveria ser o único córrego do DF com essa necessidade.

- Alguém precisava fazer alguma coisa. Se o poder público não está dando conta, a sociedade precisa ajudar. Tive relatos de que há outros locais na mesma situação, também em Goiás, na Chapada dos Veadeiros. A minha vontade é ser exemplo para outras pessoas. Cabe a nós não deixar tudo se deteriorar. Não só o Bananal, como a grande maioria de córregos que banham a capital da República. Precisamos conservar a nossa água - explica Valdemir.

Agora, o ativista ambiental pretende expandir o projeto para outros afluentes de diversas regiões administrativas (RAs).

- Já recebemos convite para levar a ação para a Ponte Alta do Gama, Estrutural, Vicente Pires, São Sebastião e até para a Chapada dos Veadeiros. Todas em situação de urgência. Vamos viabilizar a melhor forma para fazer esses trabalhos - comemora.

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