Associação dos Delegados de SP diz que “cumpre a Constituição e não a vontade do governador”

A declaração do delegado Gustavo Mesquita, presidente da Associação dos Delegados de São Paulo, veio após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) assinar manifesto em favor dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, ao mesmo tempo, colocando a polícia paulista à disposição da Corte.

Mesquita respondeu à altura do tucano e lembrou que a polícia civil é uma instituição de Estado e não de governo. Ele disse ainda que, em caso de necessidade, a corporação cumprirá a Constituição e não a decisão de Doria.

- A Polícia Civil é uma instituição de Estado, não de governo. Neste sentido estaremos sempre prontos a cumprir com nosso dever que emana da Constituição Federal, que é defender a integridade das instituições e o próprio Estado Democrático de Direito - explicou.

Mesquita ainda salientou que uma eventual atuação da Polícia Civil na proteção dos ministros, decorre de atribuição constitucional e não de uma determinação do governador.

- Se precisar, a polícia assim o fará, por força da sua atribuição constitucional e não por vontade do governador do Estado, que transitoriamente ocupa essa cadeira e não tem o poder de determinar como a polícia civil deve agir ou deixar de agir - afirmou o delegado, acrescentando que a polícia agirá para preservar as instituições e a democracia em qualquer situação.

A carta dos governadores foi uma reação à fala do presidente Jair Bolsonaro, no sábado (14), quando disse que pediria ao Senado Federal o impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, por interferirem em outros poderes, abrirem processos sem o consentimento do Ministério Público e mandarem prender apoiadores do Governo Federal.

Em decisão mais recente do STF e TSE, até os canais conservadores tem sido desmonetizados ou seu alcance diminuído.

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