A Máfia do Apito - O maior escândalo da história do futebol brasileiro

Há quase 16 anos veio à tona um dos maiores casos de esquema de manipulação de resultados no futebol Brasileiro, ocorrido em 2005.

Em setembro daquele ano os Promotores de Justiça de Combate ao Crime Organizado e a Polícia Federal revelaram através de investigações a influência dos árbitros Edilson Carvalho e Paulo Danelon sobre partidas do Campeonato Brasileiro e do Paulista.

Ambos trabalhavam para um grupo de investidores liberados por Nagid Fayad, onde tinham o serviço de garantir resultados favoráveis nos jogos em que apitavam, para que os investidores lucrassem em sites de apostas, onde cada um recebia cerca de 10 mil reais por partida.

Além do Paulistão e Brasileirão, outros campeonatos também podem ter sofrido com as fraudes como a segunda divisão do nacional, a Sul-Americana e também a Copa Libertadores. Por fim decidiu-se que as 11 partidas apitadas por Edilson no Brasileirão fossem anuladas e disputadas novamente, diferente dos outros campeonatos que já haviam terminado e que por opção do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva suas partidas não foram refeitas.

Graças a essa reedição, a equipe do Corinthians que havia sido prejudicado com dois tropeços conseguiu somar mais 4 pontos diante de Santos e São Paulo, sagrando-se campeão, algo que não se concretizaria com os resultados originais, cenário onde o Internacional ganharia o título.

Posteriormente os dois árbitros foram banidos da Confederação Brasileira de Futebol e denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica. Anos depois o processo foi anulado.

Em entrevista ao Globo Esporte, Edilson Carvalho revelou que foram somente três partidas suas em que houveram apostas relacionadas e ele pouco interferiu, também disse que o Internacional seria naturalmente o campeão daquele ano, e o Corinthians somente beneficiado com isso tudo.

Na época era um dos principais árbitros do futebol brasileiro e chegava a ganhar três mil reais por partida, mas por conta da ganância deixou tudo escapar de suas mãos, em um esquema que é até hoje lembrado como a "Máfia do Apito".

Matéria publicada originalmente em 13/04/2021.

Contribua com o jornalismo independente pelo PIX: CNPJ: 38.624.673/0001-95

Siga o Jornal O Republicano nas redes sociais:

Facebook: O Republicano | Facebook

Twitter: @_ORepublicano

Instagram: @_ORepublicano